segunda-feira, 23 de maio de 2011

Xerazade e o poder da palavra ...

Senti vontade de postar a história mais bela que conheço, logicamente, dei a ela o meu toque. Acredito que a história de Xerazade fala do poder que a palavra tem sobre a mente humana. Através da palavra pode-se começar uma guerra ou terminá-la, pode-se acalmar as feras... Então, antes de falar algo pense, se suas palavras abrirão ou fecharão portas.

Partilho agora com vocês, As mil e uma Noites...

Em um reino distante existia um sultão. Devido a uma injustiça sofrida, ele se tornou uma pessoa amarga, o mal cresceu dentro dele.
Todos da cidade o temiam.
Até que apareceu uma mocinha chamada Xerazade.
Xerazade quis ajudá-lo.
Ela sabia que doces e belas palavras poderiam curar a mágoa  e apunhalaria o mal que existia em sua alma.
Então, sabendo disso, todos os dias ela lhe contava
uma história, um conto ou um poema...
E, quando o sultão começava a sentir algum sentimento ruim,
ela usava as palavras...
Suas meigas e delicadas palavras, suavemente como música, mudavam o seu modo de agir e pensar.
E, devagarzinho, ele ia se tornando uma pessoa melhor...
Após mil e uma noites a ternura e a beleza contida nas palavras de Xerazade venceu o mal. O sultão ficou curado, a cidade se alegrou.











Bagdá terra das mil e uma mortes. A ternura precisa vencer.

sábado, 21 de maio de 2011

Para alguns "socialistas" da nossa época.

Li uma entrevista antiga de Oscar Niemeyer. Nela ele diz ser socialista. Não entendi nada !? Como um homem que fez fortuna com governos capitalistas, e, pelo que me consta, nunca doou parte dela para os pobres, se diz socialista? Na prática, ele é um capitalista, não um socialista. Isso também vale para Chico Buarque que espanta os pobres dos seus shows através do preço dos ingressos.

O multimilionário Bill Gates já doou vários bilhões à caridade, e, não saiu por aí fazendo discurso de bom moço e usando uma ideologia que não concorda para atrair aplausos. Ivo Pitanguy, também é um exemplo de profissional capitalista bem sucedido. Ele e sua equipe realizam operações gratuitamente em um hospital no Rio. Pelo que me consta, Pitanguy atende mendigos e príncipes da mesma forma.

Roberto Campos, certa vez afirmou ser engraçada a esquizofrenia de nossos artistas e intelectuais de esquerda: admiram o socialismo de Fidel Castro, mas adoram também três coisas que só o capitalismo sabe dar - bons cachês em moeda forte; ausência de censura e consumismo burguês. Trata-se de filhos de Marx numa transa adúltera com a Coca-Cola...

Sendo assim, ‘socialista’ é o cara que chama atenção para as intenções e não busca resultados, adora posar de bom moço, mas não coloca a mão no bolso, prega a igualdade social, mas quer os pobres bem longe.

domingo, 8 de maio de 2011

O Rio é assim ?


Assisti Rio e fiquei perplexa com o grande número de estereótipos e de falsas representações sociais presentes no filme. Na verdade, dizer que existe sociedade sem estereótipos é uma mentira, porém, o que incomoda são as imagens que fomos vinculados.

Na trama tem samba e crimes para dar e vender. Em uma de suas cenas, um vigia abandona o seu trabalho para ir sambar. Neste momento um crime acontece, deixando transparecer que o samba exerce um poder inebriante sobre nós.

Na história tem favela com direito a micos ladrões, uma moto de origem duvidosa e traficantes... de aves. As piores coisas se passam na favela ou de lá foram arquitetadas. E, para piorar a situação, a sociedade é pintada como um conjunto de mulatas assanhadas, gostosas da praia, filhinho de papai drogado, sambista malandro e outras coisinhas mais... Personagens recorrentes na nossa filmografia.

O filme é uma produção americana, portanto, ao se denegrir o país alheio torna-se fácil angariar simpatia e se manter como modelo cultural dominante.

Face a isso, os filmes Hollywoodianos fortalecem, a cada dia mais, determinados estereótipos: russo espião e assassino, mexicano bebedor de tequila, grego pescador e italiano mafioso.

Mas, o maior problema não está propriamente no clichê dos personagens e sim no preconceito que daí advém. Quem não conhece o Rio de Janeiro, após assistir o filme, mesmo sem querer, acaba rotulando os cariocas e, principalmente, os moradores das favelas. E essa rotulação às vezes escapa do controle racional. Lamentavelmente, o filme tem recorte infantil, portanto, várias crianças captaram essas distorções e as reproduzirão em meio social.

Atualmente, a Rocinha, possui cerca de 70 mil habitantes, será que todos são como os retratados no filme?