quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Reforma agrária: impossível diálogo.

Terminei de ler o livro, Reforma agrária: impossível diálogo.

Partilho com vocês algumas conclusões.

Segundo o autor José de Souza Martins, quando chamamos os sem terras de excluídos não estamos favorecendo a mudança social, pois, o termo excluído pressupõe a legitimação da realidade.

Durkheim diz que o Estado através da força coercitiva molda a consciência coletiva da sociedade. E como no Brasil os partidos políticos, que de certa forma representam o Estado, possuem compromissos com as classes dominantes, a reforma agrária tende a não sair.

Muitos intelectuais alegam que a reforma agrária traria prejuízos para o desenvolvimento da economia capitalista brasileira. Eles representam a postura do Estado que prefere optar por projetos sociais do que por uma reforma profunda.

O brasileiro acredita que o Estado antecipa soluções dos problemas sociais, sendo assim, nega-se a participação dos indivíduos na construção de processos históricos que primam por melhorias, pois o Estado agirá primeiro, arrancando da sociedade todas as suas iniciativas.

Um dos grandes defeitos do MST é falar em nome da sua instituição, não em nome da classe pobre, que é a que está diretamente envolvida na questão, desta forma, se isolam e caem na anomia social.

Nenhum comentário:

Postar um comentário